sexta-feira, 19 de abril de 2013

Displasia Coxofemoral e sua abordagem fisioterápica nos tratamentos conservativos e pós-cirúrgicos

Temor de muitos donos de cachorros, essa doença é mais comum do que imaginamos. Irei abordar um pouco sobre a displasia coxofemoral, já era um pedido antigo que agora vai ser atendido. Quem tiver dúvidas, deixem comentários que responderei o mais rápido possível.


A displasia coxofemoral é uma doença de etiologia específica desconhecida, sabe-se que há grande influência dos fatores genéticos, ambientais e nutricionais nessa patologia.

Bastante comum em cães de raças grandes e gigantes como Golden Retriever, Labrador, Rottweiler, Pastor Alemão, São Bernardo, Fila Brasileiro, dentre outros. Essas raças se caracterizam por ter um ganho de peso rápido geralmente com um consumo nutricional excessivo, com pouco exercício e baixa queima de calorias.



Outro fator importante é que tais animais vivem em pisos extremamente liso, tornando o binômio "peso-piso" um fator preponderante no aparecimento de sinais clínicos.



Os sinais clínicos são bastante variáveis. É comum a intolerância ao exercício, claudicação, dor e em alguns casos atrofia da musculatura pélvica. É de extrema importância que seja realizada uma radiografia para confirmação do diagnóstico. Em grandes centros e cidades é comum a microchipagem dos animas para realização de tais exames, evitando que laudos de animais com boa conformação sejam usados para outros animais. É importante diferenciar a displasia coxofemoral de outras doenças, para tanto procure sempre um profissional experiente ou especialista na área de ortopedia para proceder com o melhor tratamento para seu animal, se possível procure mais de uma opinião.



O tratamento depende da idade do paciente, grau de desconforto, achados físicos e radiográficos e das expectativas e finanças do cliente.

O tratamento conservador se baseia em repouso, modificação do ambiente, uso de analgésicos e condroprotetores associado a fisioterapia. O controle de peso é uma parte importante do tratamento da displasia coxofemoral. Os proprietários devem seguir rigorosamente o período de repouso para evitar que o animal tenha um excesso de atividade, o que certamente levará a recorrência.



 O tratamento fisioterápico ajuda a manter a extensão de movimento e proporciona conforto. Devem ser realizado com o passar do tempo exercícios de fortalecimento muscular, a natação é CONTRAINDICADA. 




Dentre as cirurgias mais comuns temos a artroplastia excisiva da cabeça e colo femoral, osteotomia tripla pélvica e substituição total do quadril. O tratamento fisioterápico pós-cirúrgico vai depender do tipo de cirurgia realizada. Geralmente se faz uso de analgésicos, crioterapia e analgesia durante a fase inicial. Com o passar do tempo são iniciados os exercícios controlados e o fortalecimento muscular. Os resultados pós-cirúrgicos dependem principalmente da cirurgia realizada, do tamanho do paciente e da fisioterapia pós-operatória.

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