quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Cadeira de rodas: Inimigo ou Aliado?

Logo em um dos meus primeiros paciente já me vi em um dilema. Cão da raça Dachshund, com problema de coluna, sem conseguir andar e arrastando as patas traseiras. Os proprietários chegaram para a avaliação com uma cadeira de rodas do lado, avaliei o animal e constatei que suas chances de voltar a andar sem uma cadeira de rodas eram imensas e que o uso iria atrapalhar em sua reabilitação.



Hoje em dia com o avanço da internet várias pessoas podem achar manuais de como fazer cadeiras de rodas. Inclusive já existem empresas especializadas e que trabalham exclusivamente com a fabricação de tais produtos.

É interessante lembrar alguns fatos:
1) DIFERENTEMENTE da Medicina Humana que normalmente as cadeiras de rodas seguem um padrão de tamanho. Na  Medicina Veterinária, a cadeira de rodas é individual. Ou seja, deve ser feita sob medida pois pode ferir, machucar e inclusive piorar a condição do animal. Devendo desse modo ser ajustada e verificada sempre que possível.
2) IGUALMENTE na Medicina Humana, os animais mesmo necessitando o uso de cadeira de rodas devem continuar com o tratamento fisioterápico. Isso porque há uma descompensação e o excessivo uso dos demais membros prejudica as demais articulações e podem levar a novos problemas que poderiam estar sendo previnidos.



É de grande e extrema importância que seu animal seja avaliado por um ESPECIALISTA que trabalhe com FISIOTERAPIA ANIMAL. Somente um especialista pode dar um opinião segura sobre o que é melhor para o seu animal e sua recuperação. Devemos tirar a idéia de que clínico geral pode fazer tudo, as especialidades surgiram justamente por conta disso e se baseam no que acontece com a medicina humana. 

A verdade é que o uso da cadeira de rodas indevidamente pode não ser um aliado no tratamento do animal. Devemos lembrar, que assim como na medicina humana todo tratamento de reabilitação deve ser acompanhado de perto por um profissional devidamente habilitado para isso. USAR ou NÃO USAR cadeira de rodas não é uma decisão somente do proprietário (falando-se de proprietários cientes e que buscam o melhor para seu animal), deve ser levado em conta se há chances de uma completa reabilitação, avaliar os custos (medicamentoso, fisioterápico e cirúrgico) e esclarecer todas as dúvidas antes de tomar essa decisão. 





O que percebo e pelo visto não só eu, outros colegas também, é que animais que usam cadeira de rodas acabam se acomodando. Isso dificulta as chances de retorno funcional completo de um animal que possivelmente poderia com tratamento fisioterápico voltar a andar.

Toby - 3ª sessão

Toby - 10ª sessão



Toby não precisou de cadeira de rodas e segue sem maiores complicações até hoje (Paciente terminou o tratamento em Maio/2012).

Agradecimento: CDV- Centro Diagnóstico Veterinário, Proprietária: Luciana Bertini, Veterinário: José Moreira Lima Neto.

Dr. Alison Ximenes - Pós-graduado em Fisioterapia e Ortopedia Veterinária
Contato: (85) 96991547/3063-3835



quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Cromoterapia em animais

A cromoterapia é tão importante que no recém inaugurado Instituto do cérebro no Rio de Janeiro, a cromoterapia é uma aliada na recuperação. Se tornando um poderoso aliado aos tratamentos convencionais. 
A origem de “cromoterapia” vem do grego “kromos”, cor e “terapheia”, tratamento. A cromoterapia é o uso da energia das cores para a harmonização e equilíbrio do indivíduo. Ela restaura e regenera o equilíbrio bioenergético dos campos eletromagnéticos através do uso das cores do espectro solar.
Cromoterapia é o tratamento que se faz nos corpos físico, emocional, mental e espiritual, utilizando a energia luminosa colorida, para restabelecer o equilíbrio dos chakras e do campo bioenergético dos animais humanos, dos animais não humanos e das plantas.










Não existe registro histórico sobre a cromoterapia – porém, povos antigos praticavam a terapia das cores. A energia do sol era utilizada pelos egípcios, hindus, chineses e gregos, vários séculos antes de nossa era:
A cromoterapia é natural, holística, não invasiva, não tem nenhum efeito colateral, e é segura, sendo usada em seres viventes. Os animais respondem muito bem à cromoterapia, e muitas vezes adormecem durante uma sessão de tratamento. Os animais são muito sensíveis às energias das cores.


A cromoterapia pode ser utilizada para tratamento coadjuvante nas doenças e síndromes dolorosas dos animais e/ou para auxiliar no reequilíbrio comportamental, tratando agressividade, ansiedade, medos, fobias, etc. 
A vibração de cada cor pode ser introduzida no corpo através de alimentos, líquidos e sólidos polarizados, luz solar ou artificial, visualização de cores, roupas, ambientes, pedras e cristais.


Indicações das Cores
Vermelho aumenta a energia vital. Efeito revigorante
Rosa ativa a energia amorosa, elimina impurezas do sangue. 
Laranja proporciona maior alegria, jovialidade e prazer. Tem efeito revigorante porém mais brando que o vermelho.
Amarelo desenvolve a criatividade, purifica o sistema e é benéfico para a pele.

Amarelo forte fortifica o corpo e age em tecidos internos.

Verde aumenta a capacidade física e mental. É considerada a cor neutra em termos de temperatura. É a cor do equilíbrio, tem efeito calmante sobre o sistema nervoso. 



Verde forte anti-infeccioso, anti-séptico e regenerador.



Azul acalma e equilibra, é analgésico, regenera as células dos músculos, nervos, pele e aparelho circulatório. Aumenta a defesa do organismo, diminui o ritmo cardíaco e reduz o calor do corpo. 



Azul forte lubrifica as juntas e articulações.
Rosa forte age como desobstruidor e cauterizador das veias, vasos e artérias e elimina impurezas do sangue Índigo anestésico, coagulante e purificador da corrente sanguínea, limpa as correntes psíquicas. 

Violeta - sedativo dos nervos motores e sistema linfático, cauteriza as infecções e inflamações. É estimulante do sistema imunológico, pois ativa a produção de leucócitos. 
Dourado - concede a influência do Sol, dando ânimo e exaltação. representa a opulência e a riqueza. Acelera o ritmo da bailarina. 
Prateado - concede a influência da Lua, proporciona mistério, magia, receptividade e uma natureza mais feminina.

Branco - É a inocência, a pureza e o regresso à infância. Transmite calma, harmonia, paz e potencializa todas as outras cores.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Fisioterapia na osteoartrose de cães e gatos geriátricos



A osteoartrose é uma doença degenerativa progressiva crônica, geralmente de evolução lenta, associada ao envelhecimento orgânico natural e sem tratamento curativo.

A sobrecarga mecânica ou a instabilidade articular são apontadas como os principais fatores predisponentes para a lesão osteoarticular. Assim, a osteoartrose é consequência de uma carga anormal sobre uma articulação normal ou de uma carga normal sobre uma articulação anormal.

Os sinais clínicos são dores nas articulações, alterações posturais, dificuldade de locomoção, amplitude de movimento articular diminuída, derrame articular e inflamação local em graus variáveis. Nas fases iniciais as dores são pouco manifestadas, de forma que, quando os animal chega para atendimento, em geral, as articulações estão em fase adiantada de degeneração.


Como diversas afecções podem levar a claudicação, deve se fazer um exame físico detalhado do paciente. Deve-se coletar o perfil do paciente, características do local em que vive e coleta de informações sobre a vida pregressa. Animais obesos, afecções associadas, cirurgias ortopédicas ou traumatismos anteriores, locais com excesso de escadas ou com piso liso contribuem para a instabilidade ou a sobrecarga articular.

No exame físico, a articulação comprometida mostra-se dolorosa a palpação e mobilização, com crepitação nos estágios mais avançados, discreto aumento de volume articular, diminuição da amplitude de movimento, podendo ou não haver hipotrofia muscular e deformidades.

O diagnóstico é feito com base nos exames clínico e físico, sendo confirmado com os achados radiográficos.


Os objetivos do tratamento são: alívio de dor, retardo no processo de evolução da doença, minimização dos sintomas, aumento da amplitude articular e fortalecimento muscular.

A Fisioterapia auxilia em todos os objetivos do tratamento. Podendo ser utilizado dependendo do caso a crioterapia, massagem, ultrassom terapêutico, LASER, hidroterapia e exercícios terapêuticos como exercícios passivos, alongamento, prancha de equilíbrio, dentre outros.


Se o seu animal sofre com os problemas decorrentes do envelhecimento, ofereça a ele a qualidade de vida necessária para que esteja ao seu lado por mais tempo. Procure um veterinário especialista em Fisioterapia e Ortopedia Veterinária, ele saberá o melhor tratamento para seu animal.


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Displasia Coxofemoral e sua abordagem fisioterápica nos tratamentos conservativos e pós-cirúrgicos

Temor de muitos donos de cachorros, essa doença é mais comum do que imaginamos. Irei abordar um pouco sobre a displasia coxofemoral, já era um pedido antigo que agora vai ser atendido. Quem tiver dúvidas, deixem comentários que responderei o mais rápido possível.


A displasia coxofemoral é uma doença de etiologia específica desconhecida, sabe-se que há grande influência dos fatores genéticos, ambientais e nutricionais nessa patologia.

Bastante comum em cães de raças grandes e gigantes como Golden Retriever, Labrador, Rottweiler, Pastor Alemão, São Bernardo, Fila Brasileiro, dentre outros. Essas raças se caracterizam por ter um ganho de peso rápido geralmente com um consumo nutricional excessivo, com pouco exercício e baixa queima de calorias.



Outro fator importante é que tais animais vivem em pisos extremamente liso, tornando o binômio "peso-piso" um fator preponderante no aparecimento de sinais clínicos.



Os sinais clínicos são bastante variáveis. É comum a intolerância ao exercício, claudicação, dor e em alguns casos atrofia da musculatura pélvica. É de extrema importância que seja realizada uma radiografia para confirmação do diagnóstico. Em grandes centros e cidades é comum a microchipagem dos animas para realização de tais exames, evitando que laudos de animais com boa conformação sejam usados para outros animais. É importante diferenciar a displasia coxofemoral de outras doenças, para tanto procure sempre um profissional experiente ou especialista na área de ortopedia para proceder com o melhor tratamento para seu animal, se possível procure mais de uma opinião.



O tratamento depende da idade do paciente, grau de desconforto, achados físicos e radiográficos e das expectativas e finanças do cliente.

O tratamento conservador se baseia em repouso, modificação do ambiente, uso de analgésicos e condroprotetores associado a fisioterapia. O controle de peso é uma parte importante do tratamento da displasia coxofemoral. Os proprietários devem seguir rigorosamente o período de repouso para evitar que o animal tenha um excesso de atividade, o que certamente levará a recorrência.



 O tratamento fisioterápico ajuda a manter a extensão de movimento e proporciona conforto. Devem ser realizado com o passar do tempo exercícios de fortalecimento muscular, a natação é CONTRAINDICADA. 




Dentre as cirurgias mais comuns temos a artroplastia excisiva da cabeça e colo femoral, osteotomia tripla pélvica e substituição total do quadril. O tratamento fisioterápico pós-cirúrgico vai depender do tipo de cirurgia realizada. Geralmente se faz uso de analgésicos, crioterapia e analgesia durante a fase inicial. Com o passar do tempo são iniciados os exercícios controlados e o fortalecimento muscular. Os resultados pós-cirúrgicos dependem principalmente da cirurgia realizada, do tamanho do paciente e da fisioterapia pós-operatória.